Tipografia

Rede Tipográfica de Minas Gerais

Design aplicado às tecnologias de Rede Colaborativa: Projeto para Diufsão da Memória Coletiva de Minas Gerais.

A pesquisa de Cláudio Santos Rodrigues busca busca investigar a possibilidade de (re)conectar uma rede que existiu em torno da tipografia e dos seus impressos gerados em Minas Gerais. Discutimos a forma como o design pode contribuir para apresentar e expandir uma rede de pessoas e instituições com o uso de tecnologias digitais colaborativas e sociais como um novo suporte para disseminação e sistematização de informações no processo de resgate e construção de memórias coletivas. Para tanto, a pesquisa teve como objeto de estudo a história da tipografia nas cidades de Mariana e Ouro Preto/MG, entendida como rede que marcou a transformação da sociedade mineira nos séculos XVIII e XIX, assim como a análise de experiências atuais de lugares e instituições que mantêm a tipografia viva no Estado. Ao longo do trabalho serão apresentadas outras redes existentes, partindo dos tipógrafos em atividade de Minas Gerais em conexão com pessoas que ainda se dedicam a esse ofício em suas mais diversas formas de atuação (como ofício ligado ao design, de forma artística, como pesquisa etc.). Com a proposição de uma metodologia aliada ao uso das tecnologias da informação, pretende-se ampliar as potências dessas conexões, extrapolando as dimensões físicas e territoriais de Minas Gerais, a partir do compartilhamento de memórias e saberes.

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Agradecimentos:

Aos meus pais, Marilda e Walter, e aos meus irmãos, pelo exemplo de vida, de luta e de honestidade. Especialmente à Alessandra Maria Soares, esposa, mãe dos meus filhos e sócia no exercício incansável do design, por me proporcionar disponibilidade e coragem.

Agradeço a confiança, parceria e disposição do meu orientador, Prof. Dr. Sérgio Antônio Silva, que me apresentou o mundo das letras, e à Fernanda Mourão, pela criteriosa revisão.

Ao Sr. Sebastião Bento da Paixão. Mestre tipógrafo, letrista e projecionista de cinema da Cidade de Jequitinhonha, ensinou-me a imprimir em sua prensa centenária e deixou-me o legado de continuar a dar vida a ela. A Cláudio Bento, poeta e sobrinho que intermediou todo o processo e forneceu ricas informações. Aos tipógrafos contemporâneos, pesquisadores, professores (em especial ao Flávio Vignoli, Glória Campos, Marcelo Drummond, Mário Azevedo) que contribuíram com entrevistas, empréstimos de livros e informações valiosas.

À Eleonora Santa Rosa, pela parceria profissional, amizade e reconhecimento do meu trabalho, e por proporcionar acesso a pessoas, espaços e equipamentos culturais do mais alto nível no Brasil e no mundo.

Ao tipoeta Guilherme Mansur, pela vida dedicada ao ato de imprimir para além das funções utilitárias e por abrir as portas de sua gráfica e desse universo em Ouro Preto.

Ao amigo, professor, pesquisador e parceiro em diversos projetos e que me levou para a academia, Leonardo Rocha Dutra, com quem tive o prazer de realizar a animação Tipos Móveis.

Ao grande articulador de redes Cesar Piva e à equipe da Fábrica do Futuro, por dar espaço à experimentação.

Ao Marcelo Braga, amigo e realizador audiovisual, pela oportunidade de registrar o lado mágico do Jequitinhonha e pelas discussões, críticas e realização de trabalhos em conjunto.

À Izabela Vecci, pela apresentação de autores e pelas conversas sobre memória.

À Maria Eugênia e à equipe do Inhotim, por permitir discussões profundas e expansão das possibilidade das redes conectadas ao universo educativo e patrimonial.

A Eduardo de Jesus e Álvaro Andrade Garcia, pelas experiências pioneiras com as multi-mídias.

Ao Rodrigo Minelli (in memorian) e ao grupo de live images F.A.Q., pelas pesquisas, vivências, viagens e deslocamentos em prol da rede do audiovisual de forma coletiva e colaborativa.

À Ângela Maria Soares e ao Juvêncio Braga Lima, pelo acolhimento, incentivo, conversas, sugestões e contribuições fundamentais.

À equipe e aos parceiros da Voltz Design, pelas trocas, aprendizado e convivência diária.


Categoria: #voltz20anos, Aplicativo, Publicações, Tipografia em 26/03/2016    


 
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Foto em Pauta 2016 – Performance audiovisual

Performance Audiovisuai – Rede Tipográfica de Minas Gerais from Voltz Design on Vimeo.

Por causa das fortes chuvas, as 2 performances programadas (para sexta e sábado) se modificaram em um ensaio aberto no sábado a tarde e uma apresentação oficial a noite. André Travassos, no violão (Câmera) e Renato Moura, na percussão (Pequeno Céu) criaram o clima sonoro para o sistema que alternava os vídeos e fotos a partir do uso da alavanca da prensa centenária.



A intenção era comemorar os 20 anos da Voltz participando nos eventos de parceiros. A partir de todos esse envolvimento com essa edição do Foto em Pauta em torno dos clichês fotográficos e do uso da tipografia, optou-se por se fazer uma apresentação pública de fragmentos da dissertação de Cláudio Santos Rodrigues. A pesquisa realizada no âmbito da Programa de Pós-Graduação da Escola de Design da UEMG, trata do Design aplicado às tecnologias de rede colaborativa: projeto para difusão da memória coletiva da tipografia em Minas Gerais.


Pesquisa, edição e performance | Cláudio Santos Rodrigues

Imagens | Alessandra Maria Soares e Fábio Martins (ao vivo)
Cláudio Santos Rodrigues, Leonardo Rocha Dutra e Rede Minas (acervo)

Trilha Sonora | André Travassos e Renato Moura (ao vivo)
O Grivo e Lucas Miranda (incidental)

Desenvolvimento de Sistema | Sérgio Mendes

Agradecimentos | Alessandra Maria Soares, Eugênio Sávio, Fábio Martins
Isadora e Miguel Soares Rodrigues, Marcello, W. Tostes e Sergin Castanheira

Jardim do Sobrado 4 Cantos – Tiradentes – 2016


Categoria: #voltz20anos, Aplicativo, Evento, Experimental, Festival, Mostra, Performance, Tipografia, Video em 16/03/2016    


 
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Foto em Pauta 2016 – Oficina tipográfica aberta

Neste ano uma das grandes novidades do 6º Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta, foi a mostra de Foto Livros. A partir de um edital, foram selecionados livros de fotografia do Brasil inteiro. Partindo disso, entre os dias 05 e 09 de março de 2016, optamos por realizar a produção de um livro tipográfico com base nos clichês fotográficos da Gráfica Assunção de São João del-Rei. Levamos a prensa centenária com o acervo de tipos, herdada como legado, da Tipografia Liberdade do Sr. Sebastião Bento da Paixão de Jequitinhonha, lá para Tiradentes.

Decidimos que o livro se chamaria Saturno e que celebrasse os encontros reais que tivemos nestes dias. Foram longas conversas no porão. Algumas frases surgiram e optamos por colocá-las em dialogo com os símbolos dos elementos químicos que fazem parte do universo da Tipografia. Os clichês foram impressos em laranja e em páginas coloridas revelando seu desgaste e sua constante desmaterialzação. A narrativa sugeria o processo de se ir do chumbo ao Eter (ROR).

Retomamos o contato com a Gráfica Assunção para que nos emprestasse os clichês fotográficos. Escolhemos o papel Rives Tradition para a capa e alguns papéis coloridos para o miolo. Conseguimos uma tinta laranja que deu vida aos clichês de paisagens selecionados pelo próprio Sr. Afonso. O preto ficou para as frases, a página de rosto e o colofão. Em preto imprimimos também um clichê adquirido por Alessandra e Cláudio, diretamente do antiquário pessoal do Sr. John Sommers, há mais de 25 anos atrás.

“O agente que os alquimistas usavam para produzir ouro artificial era a pedra filosofal. Essa pedra, na realidade um pó ou tintura – era também chamada maza, palavra rega para levedura. A pedra filosofal, não é portanto, a substância da qual o ouro é feito, mas o aditivo essencial, o fermento ou catalisador que efetua a transmutação (ou trasnformação) de metal comum em precioso. o metal comum preferido para isso era o chumbo, associado ao planeta (e portanto ao Deus Saturno). O nome grego para Saturno é Cronos, que, por associação com a palavra chronos (tempo), sugere transitoriedade. Assim, Saturno é representado em ilustrações alquímicas, por um velho com uma ampulheta e uma foice. Relacionado a essa alquimia, o processo envolve a conversão de chumbo, metal inferior e símbolo do transitório, em ouro, metal precioso e símbolo do eterno. A alquimia é, portanto, uma tentativa do homem para escapar do tempo enquanto ainda está nele – seu esforço para se libertar da transitoriedade enquanto está nessa vida”. (Dinheiro e magia: Uma crítica da economia moderna à luz do Fausto de Goethe. Hans C. Binswanger, pg 55.)

Fomos além e chegamos ao Eter como simbologia da era digital e da nuvem que tanto nos rodeia.

Oficina Tipográfica Aberta - from Voltz Design on Vimeo.

Oficina Tipográfica Aberta – SATURNO
Tipógrafos  |  Cláudio Santos Rodrigues, Fábio Martins e Marcello W. Tostes
Imagens  |  Cláudio Santos Rodrigues e Fábio Martins
Edição  |  Cláudio Santos Rodrigues
Trilha Sonora  |  Sinos da Igreja do Pilar de São João del-Rei
Agradecimentos  |  Eugênio Sávio, Sr. Afonso, Gráfica Assunção e Sergin Castanheira
Porão do Sobrado 4 Cantos – Tiradentes  - 2016

Categoria: #voltz20anos, Editorial, Experimental, Festival, Mostra, Sinalização, Tipografia em 16/03/2016    


 
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Foto em Pauta 2016 – Impressão em tipografia da Capa do Catálogo e caderno

A relização da capa catálogo e do caderno promocional  do 6º Festival de Fotografia de Tiradentes aconteceu numa sexta-feira, 5 dias antes do festival.

6º Foto em Pauta + Voltz + Tipografia Assunção from Voltz Design on Vimeo.

O desafio era imprimir, em apenas um dia, 3.000 capas no papel ficha ouro 180 gr, a partir de uma composição de clichês fotográficos. Saímos de Tiradentes pela manhã, abençoados pela Serra de São José, rumo a São João del-Rei. Era preciso voltar ainda no final do dia para BH para entregar as capas para a Gráfica Paulinelli que estava rodando o miolo. Saturno/Cronos olharam por nós…

Nos enfurnamos no interior da Gráfica Assunção e começamos a escolher os clichês. Como forma de respeito e homenagem, os clichês dos retratos foram escolhidos a dedo por Sr. Afonso. Ele utilizava talco para identificar cada rosto e lembrava de cada um que se revelava. Após o quebra-cabeça da composição, necessária para encaixar a logo, partimos para o cuidadoso trabalho de limpar cada clichê para se obter a melhor a impressão. Gastamos toda manhã neste processo.

Após a rama montada, partimos para a impressão da primeira cor em vermelho, na heidelberg de leque utilizada nos últimos tempos apenas para numerar notas fiscais. Logo após o almoço, voltamos otimistas, mas a prensa precisava de ajustes e de algum afago para dar conta do recado. Sr. Afonso envolveu todos os funcionários no processo, que foi feito de forma harmoniosa e bem humorada. Seu filho chegou e acabou de deixar a máquina azeitada.


Daí foi só aguardar o tempo da própria impressão e ficar ao lado para acompanhar. Como tudo transcorria dentro do previsto, optamos por imprimir também a capa e montar um caderno promocional do evento. Saímos da gráfica com parte dos impressos às 18h45,  faltando 15 minutos para pegar o ônibus rumo a BH….


Ficha técnica:

Concepção: Cláudio Santos Rodrigues e Eugênio Sávio
Composição: Cláudio Santos Rodrigues e Sr. Afonso
Impressão: Quincas
Ilustração: Thi Rohrmann
Imagens: Cláudio Santos Rodrigues e Miguel Rohrmann
Edição do vídeo: Cláudio Santos Rodrigues
Trilha Sonora: Invisível
Produção: Alessandra Maria Soares e Renato Moura
Realização: Foto em Pauta e Voltz Design
Agradecimentos: A todos da Gráfica Assunção e Sergin Castanheira


Categoria: #voltz20anos, Evento, Experimental, Festival, Mostra, Tipografia em 16/03/2016    


 
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Foto em Pauta 2016 / Tipografia Assunção

Lugares e imagens que sobrevivem – Oficina aberta e performance audiovisual


Este ano para a identidade visual do 6º Foto em Pauta – Festival de Fotografia de Tiradentes, partimos da pesquisa acerca da Rede Tipográfica de Minas Gerais de Cláudio Santos Rodrigues. A ideia era pesquisar um acervo de clichês fotográficos na região do campo das vertentes, principalmente entre Tiradentes e São João Del Rei. Daí, chegamos na Gráfica Assunção. Em uma primeira investigação, feita por Eugênio Sávio e Sergin Castanheira (Foto em Pauta) vimos as ricas possibildades que se abririam. Conseguimos tirar dos arquivos, o velho prelo e dar vida novamente a alguns clichês. Daí, surgiu uma nova proposta: transformar o que seria um workshop em uma oficina aberta onde a Voltz + o Foto em Pauta realizariam um livro durante o festival, a partir do acervo do Gráfica Assunção. Além disso, optou-se em apresentar a pesquisa sobre a Tipografia em Minas Gerais no formato de uma performance audiovisual com o sistema de imprimir videos, que estamos aperfeiçoando a cada novo uso.

A segunda visita se deu em plena sexta-feira, dia 19.02.2016. Chegamos às 10h30 conforme combinado e Sr. Afonso estava lá assisitndo TV atrás do balcão. Iniciamos a conversa tendo 3 objetivos como meta. Um seria escutá-lo para dar continuidade à pesquisa da Rede Tipográfica de Minas Gerais. O outro seria conseguir ter acesso a seu acervo para poder usar como suporte para um livro-homenagem a essa técnica e a esses homens-máquinas. O terceiro seria fazer um orçamento para ver a viabildade de imprimir o catálogo do 16º Festival Foto em Pauta, parte em tipografia e parte em off-set. Acabamos fechando de imprimir a capa do catálogo utlizando os antigos clichês fotográficos na Heidelberg de leque.

Sr. Afonso tem 64 anos de profissão. Recebe as pessoas, mas a todo momento Laércio, auxiliar administrativo que está lá há 22 anos, dá continuidade aos atendimentos. Os orçamentos ainda são conversados, tem que ser analisados e aprovados por ele antes de enviar. Após uma longa conversa ele nos convida a adentrar. Começamos passando pela pré-impressão, que ainda é chamada de Arte-Final. Nos mostra um gaveteiro que virou armário de papéis. Passamos por uma Catu em funcionamento ao lado de um antigo relógio de ponto. Daí chega-se ao salão principal, com as impressoras e mesas de montagem.

Para o lado esquerdo, por uma pequena porta, entramos em salas que viraram depósitos. Junto a potes de tinta e papéis, se encontra uma mesa de sinuca e uma “feijãozinho”. Entramos por mais um corredor e chegamos em um gaveteiro desgastado pelo tempo mas repleto de clichês em ótimo estado. Ao som do sino da Igreja do Pilar, vamos abrindo gaveta por gaveta e nos deparamos com toda sujeira possível por conta dos diversos insetos e pequenos roedores que devem passear por ali há anos. Nesse garimpo, encontramos também fotos de anúncios fúnebres, além de logotipos de associações religiosas, empresas locais, times de futebol, etc.

Retornamos para o salão principal e para o lado direito, caímos numa antiga quadra de futebol de salão, com as marcas ainda no chão. O teto foi coberto e hoje abriga pilhas de papéis e 2 heildelbergs de leque. Uma delas com a roalaria entintada de vermelho e em pleno funcionamento para numerar notas fiscais. Outro capítulo a parte, são os 3 catálogos de tipos e 1 de clichê. Impressos curiosos aparecem também, como é o caso do amigo da onça que era vendido para os estabelecimentos comerciais e uma antiga nota fiscal da empresa toda impressa em tipografia datada de 1974.


Em um dos catálogos da tipografia Assunção, cada tipo era nomeado como atores, atrizes de novela e personagens da televisão, assim como por jogadores de futebol, nome de amigos, de personalidades civis e religiosas da região. Os catálogos da Tipografia Progresso apresentavam os tipos em um texto que revela de forma didática como é o processo tipográfico e dava dica aos clientes da melhor forma de se usar os recursos gráficos.

Dando continuidade nessa história o próximo post será sobre como imprimimos a capa em tipografia, usando os clichês fotográficos e numerador.

Tipografia e Papelaria Assunção
Rua Marechal Deodoro, 36 – (32) 3371 2954 / 3371 2410
[email protected]


Categoria: #voltz20anos, Evento, Experimental, Exposição, Festival, Performance, Tipografia, Video em 07/03/2016    


 
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devagar – evento

O evento aconteceu no Teatro Marília. Transportamos a prensa e todo material necessário e montamos nosso set de impressão de papel, áudio e vídeo.

Após a montagem da rama e o acerto de tinta e de posicionamento, iniciamos a montagem do sensor que foi acoplado ao braço da impressora. A ação se dá pela proximidade do sensor com um imã, que conectados a uma placa via arduíno e computador, desencadeiam a ação de exibir as imagens e vídeos relacionados aos 20 anos da 20 voltz. Pelo projeção era possível ver vídeos autorais, detalhes e fragmentos de nossa história.

Depois que tudo estava testado começaram a chegar os curiosos e interessados. Primeiro um grupo de deficientes visuais, tocaram e sentiram a textura da máquina e do papel e do cheiro da tinta, acompanhados pelo pessoal do SVOA, grupo de audiodescrição, convidados pelo evento. Ao longo do dia as mais diversas pessoas puderam imprimir e entender melhor sobre os tipos móveis e como ressignificamos sua utilização.

Enquanto isso, todo Teatro Marília e principalmente o auditório estavam tomados por um público diverso, para assistir as palestras / performances, que foram todas registradas ao vivo pela Rede Minas. A sinalização basicamente se deu através de desdobramentos do logotipo criado por nós, que ficaram ao longo do espaço.

Para saber e ver como foram outras atividades acesse a página do facebok do Devagar.


Categoria: #voltz20anos, Aplicativo, Evento, Experimental, Palestra, Performance, Sinalização, Tipografia, Video, Voltz em 18/12/2015    


 
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devagar – manifesto

Prova de prelo de parte do texto manifesto do DEVAGAR, impresso em tipos móveis na tipografia Matias em BH. Abaixo, primeira logo da Voltz, a partir de clichê. Durante o evento, enquanto as pessoas usam a prensa para acessar vídeos e fotos, elas vão gerando uma impressão com tinta em papel, que podem levar para casa como lembrança do evento.


Categoria: #voltz20anos, Aplicativo, Editorial, Evento, Performance, Tipografia, Video, Voltz em 11/12/2015    


 
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devagar + voltz 20 anos

Fragmentos e conexão de uma história. Pessoas, máquinas e sonhos

Em 2006, a Voltz adquiriu a prensa tipográfica centenária do Mestre tipógrafo do Jequitinhonha Sr. Sebastião Bento da Paixão. Tanto o maquinário, quanto os tipos e os clichês foram ressignificados se apropriando das possibilidades de ligação entre os meios analógicos e digitais.

Em 2008, aconteceu o projeto SIMBIO, que teve como prerrogativa apresentar uma simbiose entre diferentes formas de manifestações artísticas. Foi apresentado por Cláudio Santos Rodrigues (design, vídeos, composição e impressão tipográfica e videográfica), Guilherme Lessa (roteiro), Sérgio Mendes (desenvolvimento de sistema) e Fabiano Fonseca (música) o Almanaque de perdas, fracassos e transformações. Uma instalação audiovisual composta por uma projeção e sistema interativo acionado por sensores de presença dispostos em seis bancadas. Nas bancadas ficavam disponíveis calendários com o verso em branco. O público assistia aos vídeos, refletia sobre o tema, escrevia suas notas no calendário e o jogava ao chão, a sua frente. Parte das mais de 500 anotações recolhidas durante a exposição foram digitalizadas e compuseram o material para a performance que utilizou a prensa tipográfica.


O Simbio Remix, em 2009 foi o formato ao vivo e o diálogo multimídia dos artistas envolvidos no projeto, com música, vídeo e interações em tempo real. Durante a apresentação, calendários eram impressos e, nas telas, simultaneamente, exibidas as imagens dos calendários escritos que foram deixados pelos visitantes da exposição na Casa do Baile, em Belo Horizonte. O que se deu foi a integração dos suportes através de uma interface mecânico-digital, gerando uma máquina de imprimir vídeos e imagens. Abaixo uma breve explicação do funcionamento do sistema de impressão de vídeos:

1) O operador executa o movimento de impressão da tipografia.

2) O sensor é acionado através do contrapeso.

3) Um circuito eletrônico que permite a exibição de uma mídia é disparado.

4) Imagens e vídeos são acionados e exibidos.

5) A pessoa sai com um impresso de lembrança

Em 2015, o coletivo DEVAGAR nos procurou para que pudéssemos criar a identidade visual de uma nova proposta de evento/performance/espaço de troca de ideias. Nos identificamos de cara e viramos parceiro do projeto. Com isso, resolvemos resgatar a traquitana que exibimos em 2008/2009 e que, agora, poderá ser manipulada pelos participantes, com um conteúdo que revela fragmentos da relação da Voltz com a cultura de Belo Horizonte ao longo desses vinte anos. Além de manipular uma interface centenária, os visitantes poderão levar para casa um texto exclusivo do DEVAGAR e impresso por eles mesmos.

O DEVAGAR é um grupo de pessoas ligadas à comunicação e interessadas em um tipo de reflexão e pensamento crítico sobre o mundo das notícias e a velocidade dele. Esse é o mote do projeto, formado por um grupo de sete mineiros – o coordenador Augusto Barros, os jornalistas Laura De Las Casas, Joana Diniz e Caíque Pinheiro, o administrador Erlon Filgueiras, o arquiteto Guilherme Vasconcelos e o advogado e escritor Frederico Linhares.
O evento terá o diálogo entre os debatedores e artistas que criraram obras específicas para o Seminário.
- O sistema da dívida pública: Maria Lúcia Fatorelli, Maria Leite e Sara Lana

- O princípio da dualidade onda-partícula: Gabriela Barreto Lemos e Henrique Roscoe

- Sérgio Godinho e os 15 anos de experiência em pedagogia e democracia

-Daniel Iglesias e a antropologia do selfie

Dia: 12/12/15 – Local: Teatro Marília – Belo Horizonte, das 14h às 20h.

Categoria: #voltz20anos, Aplicativo, Evento, Experimental, Exposição, Música, Performance, Tipografia, Video em 10/12/2015    


 
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INDIE 2015 – Vinheta

VINHETA INDIE 2015 from Voltz Design on Vimeo.

A desmaterialização do processo de geração e visualização de imagens exige de alguns a resistência e a urgência como estratégia de sobrevivência. A Vinheta revela o processo de impressão do cartaz do festival, realizado com tipos móveis de chumbo, num lugar que está prestes a não existir mais por conta da aceleração do mundo digital. Aqui se revela uma espécie de magia, da matéria que surge pela força dos braços, pela sujeira da mão, do olhar atento, do cheiro da tinta, do barulho da máquina e dos ruídos do vinil arranhado no antigo aparelho de som. É neste universo que Ademir Matias (o último tipógrafo de BH) trabalha e foi onde ele nos deixou a vontade para fazer o que a gente pretendia.
Estabelecemos uma relação em que os brancos e linguotes do processo tipográfico se assemelham às fitas que estão nas prateleiras da locadora Star Video, um das últimas existentes em BH. Fizemos uma composição com as caixas de DVD, onde a assinatura da vinheta é uma animação em stop motion das fitas em movimento, que ao serem viradas do preto para suas lombadas, revelam o nome Indie, no meio desse universo.
Direção: Cláudio Santos Rodrigues
Animação e Edição: Cláudio Santos Rodrigues, Leonardo Dutra e Vicente França
Design, composição e impressão: Cláudio Santos Rodrigues e Luís Matuto
Fotos e vídeos: Leonardo Rocha Dutra, Sabrina Esmeralda e Vicente França
Trilha Sonora: André Travassos e Vicente França
Captação de som: André Travassos
Produção: Alessandra M. Soares e Renato Moura
Colaboração: Fábio Penido e Marcello Tostes
Agradecimentos: Ademir Matias (Tipografia Matias) e Randolfo (Star Vídeo-BH/Delta Vídeo e Vendas- Divinópolis)
Realização: Zeta Filmes
®Voltz – voltzdesign.com.br


Categoria: Animação, Evento, Experimental, Filme, Mostra, Tipografia, Voltz em 22/08/2015    


 
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indie 15 :: relato do processo 02

Terça-feira: dia 15.07.15 // Star Vídeo // Bairro Vila Paris
A conexão entre a tipografia e as locadoras acontecem por serem lugares onde a desmaterialização está gerando um efeito que modifica o sentido destes espaços.

A Star Vídeo está na Praça José Cavallini há mais de 25 anos e é talvez uma das poucas existentes na grande BH. Possui um acervo de aproximadamente 12.000 DVDs e Blu-Ray. Sérgio Penido foi proprietário por 20 anos. Hoje arrendou e quem está à frente é Randolfo, que trabalhou em estúdio de cinema em NY, foi representante de filmes e também é dono de uma locadora em Divinópolis, a Delta Vídeo e Vendas, com um acervo de mais de 50.000 títulos.

Durante os dias em que ficamos imersos produzindo a animação, pudemos perceber como as pessoas que ali frequentam criam uma relação de proximidade com Randolfo e entre elas, ao trocar conversas, analisar e sugerir filmes, pedir informações, etc. Um trabalho de curadoria e de escolhas que estabelece um universo rico de trocas e de relacionamento social.

Outra relação que estabelecemos foi a de que os brancos e linguotes da tipografia se assemelham às fitas que estão nas prateleiras. Fizemos uma composição com as caixas de DVD, onde a assinatura da vinheta será uma animação em stop motion das fitas em movimento, que ao serem viradas do preto para suas lombadas, revelam o nome Indie, no meio desse universo.

Animação, fotos e vídeos: Cláudio Santos Rodrigues, Leonardo Dutra e Vicente França
Colaboração: Fábio Penido
Agradecimento: Randolfo (Star Vídeo-BH/Delta Vídeo e Vendas- Divinópolis)
Realização: Zeta Filmes

Categoria: Animação, Evento, Experimental, Filme, Mostra, Tipografia, Video em 15/07/2015    


 
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