Jandig no MozFest – Barcelona

Angelo Pixel fundador da Jandig, esteve na última edição do MozFest, Barcelona, apresentando para pessoas do mundo todo o visualizador de realidade mista que estamos desenvolvendo. Quando colocava o headset, o espectador entrava em contato com seres do nosso folclore, fauna e flora, através de animações 2D e 3D. Segue um vídeo produzido por Bruna Quevedo e confira como foi a nossa passagem pelo evento e as reações do público. O projeto Mitologia Estendida é feito à várias mãos:

Direção Geral: Angelo Pixel
Direção Artística: Cláudio Rodrigues
Direção Pedagógica: María Eugenia Salcedo Repolês
Direção de Tecnologia: Pablo Silva
Concepção: Angelo Pixel, Cláudio Rodrigues e Demétrio Portugal
Ilustrações: Auá Mendes
Animação 2D: Enzo Giaquinto e Ulisses Tavares
Modelagem e Animação 3D: Gabriel Camelo
Fotografia e Videografia: Bruna Quevedo
Design de Som: Lucas Miranda (Oscilloid)
Design Gráfico: Auá Mendes e Cláudio Rodrigues
Produção Gráfica: Cláudio Rodrigues
Gerente de Produto: Angelo Pixel
UX Design: Raquel Mei
Programação: Luna Aster, Pablo Silva, Rodrigo Oliveira e Thiago Hersan
Consultoria: Auá Mendes e Demétrio Portugal
Agradecimentos: Almir Almas, Adriana Pedrosa, Max Duarte e Clarice.ai

Acesse o site do projeto: https://jandig.app/ME

Categoria: Animação, Aplicativo, Audiovisual, Editorial, Educação, Evento, Exposição, Festival, Povos Originários, Realidade Aumentada, Realidade Mista em 01/12/2025    


 

Semana de Arte de Cataguases em momentos-chave

Durante o bate-papo que aconteceu no Anfiteatro Ivan Muller Botelho minha cabeça começou a borbulhar. Ali no palco, com grandes personalidades do cinema brasileiro, apresentei um turbilhão de conexões que misturaram aquilo que eu tinha preparado para a apresentação com a inspiração incorporada naquele momento. Depois de ouvir a fala de Marcus Diego (realizador da Mostra de Arte  de Cataguases), de assistir a apresentação do Grupo Girarte, de escutar, as palavras da jornalista Lucimar Brasil (mediadora da mesa) Luiz Bolognesi, André Di Mauro, Elza Cataldo (cineastas) e Cesar Piva (Gestor Cultural), me veio a intuição de começar a fala por uma palavra simples: a CURIOSIDADE, que pelo Dicionário Aurélio, é definida como o “desejo de ver, saber, informar-se”. A palavra vem do latim curiositas, que significa “desejo por conhecimento” ou “desejo por informação”.

Referencio e reverencio inicialmente Nêgo Bispo, líder quilombola e pensador, que tinha uma visão crítica e profunda sobre o uso da palavra, especialmente no que se refere à linguagem acadêmica e colonialista. Nessa perspectiva ele trazia uma crítica à linguagem acadêmica e inacessível. Bispo criticava o uso de termos técnicos e conceitos que distanciam os povos tradicionais de seus próprios saberes e realidades vividas. Valorizava os saberes ancestrais e com isso defendia a oralidade como o principal instrumento de preservação e transmissão coletiva de sabedorias. Para Nêgo Bispo, os modos de vida quilombolas se baseiam na fala, no diálogo e na “confluência” de saberes, em oposição à racionalidade ocidental. Dessa forma, segue um texto dividido em tópicos, na tentativa de somar à essa visão cosmológica de Nego Bispo, o resultado das ideias que foram compartilhadas no bate-papo do evento, durante as caminhadas pela cidade, as refeições e a cerveja do final da noite no Bar do Adilson.

(Re) Encontro Histórico:
Na tarde do dia 14/11/25e André Di Mauro (sobrinho neto de Humberto Mauro) exibiu o filme documentário do pai do Cinema Brasileiro para uma geração de crianças de Escolas Pública da região. Já na noite do mesmo dia Elza Cataldo apresentou o filme Silêncio de Eva. Eva Nil e depois Eva Comello, revela a história invisibilizada até então, da primeira atriz, empresária e fotógrafa do cinema brasileira. Eva, seu pai Pedro Comello e Humberto Mauro realizaram o primeiro filme de ficção do cinema brasileiro, Valadião o Cratera em 1925. Após a sessão acontece uma conversa de Elza com André Di Mauro, o que me fez perceber que estávamos vivendo ali um momento histórico inesperado, dentro de um arco temporal de 100 anos que permitiu o reencontro desses dois personagens primordiais para o entendimento da história do cinema brasileiro.

Conexão, Ruptura e Reconexão:
A conversa entre Elza e André revelou a conexão, ruptura e reconexão entre Eva Nil e Humberto Mauro, essenciais para entender o Ciclo de Cataguases sob uma nova perspectiva, ao colocar estas 2 figuras como primordiais na consolidação da história das origens do cinema brasileiro. Já em conversa com André Lira (do Ministério da Cultura e da Secretaria da Economia Criativa), que esteve presente no evento, ele demonstra espanto e admiração ao relatar o que estava vendo e vivenciando ali em Cataguases. Relatou que tem conexões fortes com pessoas do nordeste, aonde percebe que por lá nossa história é desconhecida e que também é por lá que se autoproclamam os pioneiros do Cinema. Por coincidência tinha acabado de receber uma matéria de uma amiga de doutorado que confirmava isso. Essa desconexão só revela a necessidade cada vez maior de se difundir nossas histórias em todas as mídias e plataformas.
https://www.diariodepernambuco.com.br/200anos/2025/11/11699933-recife-e-pernambuco-pioneiros-do-cinema.html

Universidade e Novas formas de Produção de Conhecimento:
A exibição do filme Miranha de Zahir de Tentarrar e Luiz Bolognesi, apresentou uma visão de colonização científica e do conhecimento. Na sua fala apresenta a  possibilidade de exercermos uma escuta ativa em relação aos povos originários, o que a ideia de se criar disponibilidade cada vez maior para aprender a partir das nossas origens. Além disso, no evento também foi possível avançar na discussão para se criar espaço para novas formas de pensamento, com um olhar atento em torno do conhecimento indígena e dos povos tradicionais, superando o conhecimento já estabelecido na academia. Em Cataguases, conseguimos implantar uma universidade pública estadual de Tecnologia em Cinema e Animação. O pensamento relacionado à ideia de decolonização tem sido tratado internamente na UEMG e no Polo Audiovisual faz algum tempo e pode ser visto através do Projeto Alma. Cláudio Santos e Cesar Piva participaram do Conselho Científico pelo Polo Audiovisual da Zona da Mata MG, da Universidade do Estado de Minas Gerais junto aos cursos de Design e de Tecnologia em Cinema e animação. Através desse intercâmbio com a Universidade de Minho em Portugal, foi possível escrever em parceria com Andrea Toledo um artigo sobre o Modernismo no Brasil em Cataguases e Belo Horizonte, em diálogo com algumas produções realizadas no Polo Audiovisual, como as Orfãs da Rainha de Elza Cataldo. Além disso, Cláudio mediou uma mesa com o Professor Charles Bicalho (BRA) e José Carrega (POR) sobre tecnologias antropofágicas a partir da produção do indígena Isael Maxacali. O resultado foi um ebook com textos de pensadores, artistas e intelectuais sobre as relações entre a literatura, o audiovisual, a antropofagia e o modernismo sob diversas perspectivas. Escrevemos e publicamos ao lado de grandes nomes da África, Brasil e Portugal. Ebook disponível para download gratuito:
https://lnkd.in/dy5DXeSH


Também podemos destacar o artigo publicado por importante revista de Educação (REBEP), com classificação Qualis 1, Cinema feito a mãos: animação e educação no projeto Escola Animada. Escrito à 3 mãos pela professora Andrea Toledo, Inácio Frade e por Cláudio Santos falamos do uso do stop motion em escolas públicas da Cidade de Cataguases, dando luz às pessoas do cotidiano e mostrando as muitas Cataguases existentes.
https://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/article/view/6293/4571

Importância do Corpo como mídia e para além das telas:
A apresentação de dança do Grupo Girarte mostrou a relevância da presença física e dos corpos em movimento como elos de comunicação. Um novo público pra quem é do audiovisual amplia os espaços de troca e construção a partir das diversas mídias e de todas as artes. A Semana de Arte trouxe a ideia do “Futuro Primitivo”, discutida nos encontros preparatórios, buscando reconectar passado, presente e futuro. Penso que a ideia de “Futuro Primitivo” leva ao “Primordial”, que é sobre aquilo que permanece, que reestabelece conexões, que trata da ideia de uma tríade cíclica: Permanência / Impermanência / Emergência.

Tecnologia a Serviço da História, da memória e do presente:
Com isso da pra se pensar em uma ideia de futuro onde devemos usar as mídias emergentes (celular, realidade aumentada, óculos VR) para difundir essas histórias, incluindo as mitologias indígenas e toda riqueza da cultura afro-brasileira ligada aos povos tradicionais. Num mundo onde estamos sobrecarregados de informação, com conteúdo instantâneo, onde parece que tudo  já está pronto e não é preciso fazer mais nada. A experiência de trabalhar com uma designer indígena, aonde as ferramentas mais atuais de IA e de design digital são ferramentas que potencializam a expressão pessoal e o repertório cultural original. Jandig no Mozfest:
https://youtu.be/hpFWgEtfrac?si=mCpJaCTE48_TP06U

Novo Ciclo:
A CURIOSIDADE pode ser disparadora e um princípio ativo que sugere ao Presente reinterpretar o Passado (uma nova leitura do Ciclo de Cataguases e de como se conectar com os saberes ancestrais) e construir um Futuro mais consciente, aberto e com forças Primordiais, pautados pela reconexão de histórias e culturas. Tudo isso somado à transmissão de conhecimento pelas mestras e mestres, pelo fazer manual e valorização dos ofícios e pela busca de novas histórias a serem contadas. As comunidades criativas tão bem mapeada e registrada pelos 2 Pedros, o Marcos e o Chaves. Esse novo ciclo se consagra também pelo uso do Animaparque, com algumas produções de stop-motion em andamento (Pinguim Tupiniquim – Mundiça/Coala/Taller Del Chucho e Marcha dos Girassóis – Erick Ricco), além do projeto laboratório 2.C da Fábrica do Futuro na construção de mini biografias em animação de personalidades locais. Inicialmente Humberto Mauro, Maria Alcina e Ary Barroso. A ideia é o projeto continue trazendo à tona novos personagens numa linguagem contemporânea, para atingir todas as gerações.
https://padlet.com/claudiovoltz/midiateca-lab-2c-f-brica-do-futuro-flxhdb4ssiosvk40

Rede e plataforma de pensamento:
Convidar pessoas para apresentar diferentes perspectivas e criar conteúdos que possam ficar registrados e abertos para fundamentar a Semana que estar por vir. Imersão para uma curadoria que registre e expanda a ideia de Futuro Primitivo. Como marco e síntese fica a palavra-chave apresentada no final. #ESCUTA: A ideia de uma escuta ativa aliada à Curiosidade o que nos permite reaprender a aprender, utilizando todas as mídias de forma responsável e potente. Dessa forma, pode-se  mapear e apresentar uma rede existente e que tenha mais visibilidade de ações e produções relacionadas a estes temas.

Categoria: Animação, Arquitetura, Artesania, Artigo Acadêmico, Audiovisual, Curadoria, Editorial, Festival, Filme, Identidade Visual, Tipografia, Video em 01/12/2025    


 

Pausa – 50 anos da Fundação Torino



Direção, câmera e animação: Cláudio Santos
Direção de Produção: Alessandra Maria Soares
Roteiro: Patrícia Reis Alvim com citações de Stela Barbieri
Direção de fotografia, câmera, edição, animação e montagem: Bruno Araújo
Trilha Sonora: Cláudio Santos com inserções de trechos músicas do Disco Canoas de Stella Barbieri e de registros da oficina de música realizada na Fundação Torino em Setembro de 2025.
Categoria: Animação, Educação, Filme, Memória, Projeção Mapeada, Tipografia, Video em 18/10/2025    


 

AcessaBH 2025

Maior evento dedicado à cultura DEF no país, o Festival Acessa BH realiza sua 5ª edição de 5 a 28 de setembro de 2025, e reúne uma programação com mais de 30 atrações, entre espetáculos, filmes, videoclipes, oficinas, bate-papos e lançamento de livro. Com a participação de artistas de nove estados brasileiros e do Reino Unido, o festival reafirma a força, a criatividade e a pluralidade da produção cultural de pessoas com deficiência, colocando esses artistas como protagonistas de uma cena artística engajada.

Inaugurando uma parceria do Acessa BH com a DaDa – uma das mais antigas organizações dedicadas às artes para pessoas com deficiência no Reino Unido, com forte atuação internacional – e a ZU-UK – companhia com mais de duas décadas de atuação em performances imersivas e teatro participativo, baseada em Londres e no Brasil, trazemos a artista britânica Dora Colquhoun (RU) que apresentará “That´’s Why Deers Run”, performance que precede uma importante discussão sobre clima e deficiência.

Mais do que uma seleção de espetáculos, a curadoria propõe um campo de encontro e troca, onde diferentes modos de criação possam conviver e provocar o público a refletir, sentir e imaginar futuros possíveis. Um convite à escuta atenta e ao deslocamento dos olhares, que valoriza tanto a expressão poética quanto o engajamento político da cena contemporânea.


Pela primeira vez, estamos recebendo artistas da Amazônia que trazem na essência de suas performances a ancestralidade, o território, o feminino, a memória. O corpo aleijado, capenga, dissidente, marginalizado, também se faz presente e provocativo.

Pela terceira vez consecutiva, a Alessandra Soares e Cláudio Santos Rodrigues da Voltz Design, desenvolveram toda identidade Visual e projeto gráfico do AcessaBH. Foram mais de 6 meses de desenvolvimento, vislumbrando todas as especificidades que este tipo de produção exige para que tudo fique o mais acessível e passível de ser desdobrado em todas as mídias. Uma equipe multidisciplinar, dedicada e talentosa cuidou pra que tudo ficasse impecável!

Saiba mais no Instagram do projeto: Saiba mais no instagram do projeto >>
Fotos: Marlon De Paula

Categoria: Acessibilidade, Audiovisual, Evento, Festival, Identidade Visual, Sinalização, Video em 18/10/2025    


 

50 que contam 50 – AppWeb

Realizamos esse projeto a partir do convite do pesquisador e curador Roberto Moreira. Além de Doutor em Semiótica, foi Gerente do Núcleo de Audiovisual do Itaú Cultural entre os anos de 2001 e 2011, sendo responsável pela gestão de projetos e desenvolvimento de pesquisa e programação com atuação nacional e internacional. Foi também professor de Alessandra Soares e Cláudio Santos Rodrigues na PUC Minas, onde desenvolvemos nossa conexão com a videoarte e com o audiovisual, tão presente em nossas vidas hoje.

Para o APP WEB – 50 QUE CONTAM 50 a Voltz Design teve a oportunidade de combinar, de maneira criativa, o que a pesquisa sobre a história da videoarte brasileira necessitava com a melhor solução de arquitetura da informação para o site. Era necessário criar uma forma inteligente de navegação fluida para o usuário acessar o conteúdo da pesquisa e ter uma experiência agradável de ver as obras proposta pela seleção curatorial.

Dessa maneira o usuário, ao acessar o site, compreende rapidamente a essência do projeto, uma linha do tempo que percorre cinquenta anos da história do audiovisual experimental brasileiro, e o estimulo interativo de percorrer esse conteúdo, conhecendo os vídeos que fazem parte do seleção.

Acesse: https://duplogaleria.com.br/50quecontam50

Categoria: Aplicativo, Audiovisual, Memória, Website em 12/03/2025    


 

Um Defeito de Cor – Catálogo

O catálogo da exposição “Um Defeito de Cor” foi projetado para refletir os temas centrais da mostra, inspirada no livro de Ana Maria Gonçalves. Ele apresenta um layout circular dividido em dez núcleos temáticos, acompanhando a estrutura da exposição e criando uma narrativa visual coesa. As capas de capítulo trazem obras de Goya Lopes, dialogando com o espaço expositivo e enriquecendo a experiência visual.

O projeto do catálogo visa dar visibilidade às obras e incluir reflexões da autora e de convidadas. Utilizando um layout circular, o catálogo organiza as informações de forma a espelhar os núcleos da exposição, inspirados nos capítulos do livro. A tipografia clara e legível, influenciada por símbolos Adinkra, complementa o design, enquanto tecidos são usados como material principal, traduzindo a noção de ancestralidade e dialogando com as obras têxteis.

O objetivo do catálogo é proporcionar uma extensão visual e temática da exposição, promovendo uma compreensão profunda dos temas abordados, como diáspora africana, escravidão e identidade afro-brasileira. Ele busca explorar e celebrar a cultura afrodescendente, destacando a conexão entre as obras e os temas, e oferecendo uma experiência imersiva e significativa para os leitores.

A defesa do projeto do catálogo está na sua capacidade de conciliar design estético e funcionalidade, criando uma narrativa visual que complementa a exposição. O uso de elementos como layout circular, cores simbólicas e tipografia evocativa reforça a mensagem da mostra. Tecidos, inspirados na indumentária dos Babas Eguns, são integrados ao design, materializando o conceito de ancestralidade e compondo uma paisagem visual que dialoga com as obras, destacando a importância da cultura afrodescendente.

CATALOGO

PROJETO GRÁFICO
Alessandra Soares, Cláudio Santos Rodrigues e Estevam Gomes
PRODUÇÃO EXECUTIVA
NU Projetos de Arte
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO
Heloisa Leite
PRODUÇÃO
Emy Pimenta
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Chico Daviña
TRATAMENTO DE IMAGEM
Márcio Café
COORDENAÇÃO EDITORIAL E REVISÃO DE TEXTOS
Lia Ana Trzmielina
TRADUÇÃO
Matthew Rinaldi
CAPA
Márva Araújo – Estrela do mar / Starfish, 2021
FOTOS
Bruno Araújo
CURADORIA
Amanda Bonan, Ana Maria Gonçalves, Marcelo Campos

Categoria: Editorial, Identidade Visual, Tipografia em 10/09/2024    


 

Um Defeito de Cor – Exposição SESC Pinheiros

Depois de passar pelo Rio de Janeiro (MAR) e Salvador (MUNCAB), a exposição “Um Defeito de Cor” foi montada em São Paulo (SESC Pinheiros). Inspirada no livro homônimo da autora mineira Ana Maria Gonçalves lançado em 2006, a curadoria é da escritora ao lado de Marcelo Campos e Amanda Bonan, do Museu de Arte do Rio – MAR, responsável pela concepção original da exposição.

A mostra é resultado da parceria entre o Sesc São Paulo e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e traz 372 peças. Um recorte da produção moderna e contemporânea que tem em seu cerne a cosmogonia africana a partir de de 131 artistas, potencializando a arte feita por uma maioria de artistas negros e negras, além de 17 convidados a]para produzir novas obras para a exposição.

A exposição pretende promover um profundo mergulho pelas quase mil páginas do texto de “Um Defeito de Cor” e toma seus dez capítulos como metodologia de divisão de núcleos temáticos em uma estrutura circular de fruição que transborda as questões da ancestralidade nas visualidades da mostra e proposta expográfica. Além dos curadores, fazem parte do processo de criação os artistas Ayrson Heráclito, consultor que assina a expografia ao lado de Aline Arroyo, e Tiganá Santana, curador da paisagem sonora que envolve o ambiente.

Nos meses em que esteve em cartaz no Rio de Janeiro, a mostra foi bem recebida pelo público, com visitação expressiva, deixando clara sua potência. É importante destacar que, antes da vinda para o Sesc Pinheiros, esta itinerância passou pelo Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), fazendo uma importante triangulação entre instituições e abrangência de públicos do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

EXPOSIÇÃO

CURADORIA: Amanda Bonan, Ana Maria Gonçalves e Marcelo Campos
@marcelocampos7825 @amandabonan @_anamariagoncalves
EXPOGRAFIA: Aline Arroyo Ayrson Heráclito @ayrsonheraclito
com colaboração de @priscila_mfs
IDENTIDADE VISUAL: @voltzdesign
DESIGN E SINALIZAÇÃO: Alessandra Soares, Cláudio Santos e Estevam Gomes
@alessandra_m_soares@claudiovoltz@estevamgomes
ILUMINAÇÃO: @andregboll
MONTAGEM FINA: @manuseio
SESC PINHEIROS: @tcabette @camilahion @pacolantuono
FOTOS: Paulo Pereira

Categoria: Editorial, Exposição, Identidade Visual, Museus em 02/09/2024    


 

Traçar Moderno – Museu Casa Kubitscheck

Categoria: Arquitetura, Exposição, Identidade Visual, Sinalização em 01/09/2024    


 

Café Sarikab – Povo Paiter Suruí – Rondônia

CAFÉ ESPECIAL DO POVO PAITER SURUÍ  |100% ROBUSTA AMAZÔNICO

Fomos convidados pelo pessoal da SOULUP Consultoria, de Uberlândia – MG,  para colaborar na construção de uma Identidade Visual para um café produzido por uma família da etnia Paiter Suruí. Os Paiter Suruí residem na Terra Indígena Sete de Setembro, um território de 248.146ha, localizado em áreas dos Estados de Rondônia e Mato Grosso, na Amazônia Legal brasileira. O contato deste povo com os brancos ocorreu a partir dos anos 1960, no contexto da expansão da fronteira agrícola do país e da nova geopolítica para a Amazônia, estabelecida pelos governos militares que tomaram o poder em 1964. Desterritorializados, o povo recuou cada vez mais na floresta e só foram contactados pela FUNAI no dia 7 de setembro de 1969, sob comando do sertanista Francisco Meireles.

O processo de trabalho partiu de visitas presenciais da equipe da SOUL UP. Na sequência realizamos encontros virtuais com os irmãos Celesty Suruí, Roni Suruí e Ubiritan Suruí. Natural da aldeia Lapetanha, próxima ao município de Cacoal (RO), viram sua comunidade crescer em torno da plantação do café. Nos seus 22 anos Celesty recebeu o convite para fazer um curso de barista, o que a fez ser considerada a primeira mulher barista indígena do Brasil.

A partir das conversas definimos juntos que eles produziriam a tinta de jenipapo e fariam suas pinturas corporais para que pudéssemos ter elementos gráficos que fizessem parte da ancestralidade deles. Eles registraram o processo e nos enviaram fotos e vídeos, o que permitiu conhecer mais a cultura gráfica deste povo.

A partir de outro encontro presencial em Rondônia, a equipe da Soul UP aplicou suas metodologias e estratégias para desenvolvimento de Pessoas, Produtos e Negócios. Chegaram num repertório de conceitos e de imagens fundamentais para darmos prosseguimento no desenvolvimento da Identidade Visual e Embalagem. Eles já possuem uma marca Paiter Suruí bem posicionada e já reconhecida mundialmente. Desenhamos e vetorizamos os elementos gráficos sugeridos e criamos partindo de 3 princípios fundamentais para eles: O território, a ancestralidade e a experiência no manejo do café.

Tomamos partido desse universo visual e conceitual apresentado e tivemos a surpresa de apresentarem uma ilustração de mais um membro familia, o primo Matã Gameb Suruí. A beleza, a força e os detalhes do desenho nos apontaram que este elemento visual seria o ponto de atenção para que a embalagem se destacasse em função de sua originalidade e diferencial. Incorporamos também os grafismos e toda simbologia apresentados e para cada tipo de café definimos uma cor.

ANCESTRALIDADE: Antes do contato com os brancos eram em torno de 5 mil indígenas. Alguns anos após, o povo Suruí ficou restrito a 300 pessoas. Hoje são cerca de 1700 sobreviventes das pandemias trazidas pelo contato com a sociedade brasileira. Desde a criação do universo, Palob, o pai deles, os fez filhos da floresta. A espiritualidade deles está ligada à natureza mantendo o respeito a toda biodiversidade. Isso é o que os torna Paiter “Gente de verdade, nós mesmos”.

O café está presente entre os Suruí desde 1969, oriundo de um processo colonizador mais recente que provocou a derrubada da floresta e feitura de grandes roçados para seu plantio. Onde hoje é a comunidade deles, antes era uma vila de seringueiros. Eles estavam dentro do território Suruí e por isso foram expulsos, deixando para trás suas casas e seus cafezais. O pai deles, Agamenon Gamasakaka Suruí, foi um dos primeiros indígenas a trabalhar no cafezal no final da década de 80. Hoje seguem o exemplo de produzir no próprio território, visando primeiro a conservação da floresta e com isso, o comércio justo e sustentável.

Categoria: Gastronomia, Identidade Visual, Povos Originários, Voltz em 21/05/2024    


 

13 Festival de Fotografia de Tiradentes

O Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta chega à sua décima terceira edição em 2024. Entre os dias 6 e 10 de março, a cidade será palco de diversas exposições, debates, projeções de fotografias, lançamentos de livros e atividades educativas voltadas para a comunidade local. Reafirmando seu compromisso com a qualidade da programação, o Festival proporciona ao público ricas experiências e trocas com profissionais de renome nacional e internacional, cuja produção artística é representativa no cenário da fotografia brasileira.

Mais de 40 artistas participaram do lançamento de seus fotolivros no 13º Festival de Fotografia de Tiradentes. A Lovely house [@lovelyhouse.casadelivros] e a Editora Origem [@editoraorigem] foram parceiras do projeto, com o entusiasmo dos autores e autoras para este grande encontro em torno dos livros de fotografia.

Todo ano fotógrafos de várias partes do país têm a oportunidade de compartilhar os trabalhos deles com o público. Neste contato, há uma interação entre as duas partes e o artista recebe impressões do visitante enquanto pode também falar sobre si mesmo e a fotografia.

A Voltz mais uma vez cuidou da Identidade Visual, do material gráfico e da sinalização. É uma parceria de muitos anos. Veja como participamos das outras edições:

Festival de Fotografia de Tiradentes – 2017

Festival de Fotografia de Tiradentes – 2016

Festival de Fotografia de Tiradentes – 2016 – Oficina Tipográfica

Festival de Fotografia de Tiradentes – 2016 – Tipografia Assunção

Categoria: Editorial, Evento, Exposição, Festival, Identidade Visual, Publicações, Sinalização em 17/04/2024